Fui para Porto de Galinhas com meu namorado, pela CVC/Azul, na primeira semana de julho de 2015. Apesar de ser inverno e época de chuva no Nordeste, pegamos calor todos os dias, e as poucas chuvas que vimos eram muito rápidas, coisa de 10 minutos, e logo em seguida o sol surgia. Os dias nem mesmo ficavam nublados.

Ficamos na pousada Pontal de Ocaporã, com meia pensão (café+jantar). Não tenho o que reclamar do lugar, tudo lá é muito bom. É muito bonito, com vegetação por todos os lados bem integrada à estrutura, bem decorado, o atendimento é muito correto e eficiente, a comida é deliciosa, variada e bem servida. A praia em frente é boa na maré baixa, com o mar mais tranquilo. Aproveitei bem, pois gosto de ficar nadando. Na maré alta o mar fica muito agitado e a areia quase some. Mas dependendo da maré, alguns metros à esquerda há umas pedras no mar que seguram as ondas e o tornam tão calmo quanto um lago em boa parte do dia.

O único problema é que essa pousada fica cerca de 7km do centro de Porto de Galinhas, ou seja, é afastada. Fomos ao centro em apenas uma noite, pegando um táxi na porta da pousada, que já fica disponível para os hóspedes a um preço fixo de 25 reais. Na volta pode-se chamar o mesmo por mais 25 reais. Se pegar outros taxis pagando o taxímetro, a viagem fica em mais de 30 reais. Lá passeamos pelas lojas e barraquinhas de artesanato e vimos muitas opções variadas pra comer. Conforme informado pela pousada e outros turistas, durante a tarde vários lugares ficam fechados, e vimos que a noite é quando ocorre um movimento animado pelas ruas.

Os passeios que fizemos foram todos através de um coordenador que fica no Ocaporã, o seu Nenê. Constatamos que através dele, os passeios seriam mais flexíveis (menos pessoas, logo, menos atrasos, mais tranquilo com horário) e pode-se negociar o valor, pagando menos dependendo de quantos passeios fizer, ou se for outro casal junto no mesmo táxi. Gostamos desse serviço, considerando que se fosse através das empresas de receptivo, poderia ser de ônibus, e aí vai uma multidão junto, além de alguns passeios ficarem mais caros. Gostamos muito do taxista Marcelo, muito simpático e bem humorado sem excessos, e que também nos pareceu muito honesto dando dicas sobre as opções de passeios, informações sobre os locais que visitamos, o que vale a pena, o que pode ser furada, além de ser transparente dizendo em quais locais ele ganharia comissão se nós almoçássemos lá, enfatizando que seria opção nossa. Se você ficar no Ocaporã e fizer passeios pelo seu Nenê, pode pedir o taxista Marcelo.

Praia do Mangue: uma praia bem gostosa, bonita, passamos uma manhã lá. Estava com poucas pessoas, bem tranquilo, o mar tem uma cor bonita (mesmo sendo a água mais turva nessa época de chuva), e é bem calmo, sem ondas. Quem gosta de ficar na água, como eu, nadando ou só passando o tempo, aproveita bem.

Praia de Carneiros: outra praia gostosa e tranquila, onde se aproveita o mar na maré cheia, e ainda assim sem ondas. De lá saímos num passeio de catamarã para umas pedras no mar, que é um local bonito para se tirar fotos e ver a paisagem.

Banho de argila: num dos passeios nós entramos numa espécie de chácara onde havia um lago com argila, dessas que dizem ser rica em minerais, boa para a pele. Paga-se 8 reais a entrada. Não me animei em me lambuzar de argila mas curti ficar nadando no laguinho. É todo rodeado de vegetação.

Maragogi: esse passeio podíamos ter evitado!! A água turva dessa época do ano faz perder muito a graça de nadar nas galés com a máscara, ou seja, se vê muito pouco dentro da água. Não fizemos o mergulho com cilindro. Foi mais cansativo do que prazeroso. Não compensou.

Recife e Olinda: Recife tem muitos locais interessantes para conhecer, além de ver a arquitetura da cidade. Porém depois vimos que erramos em não pesquisar os locais antes, então ficamos presos ao roteiro que o taxista segue. Na verdade não sei se podíamos modificar esse roteiro, acredito que sim. No final constatamos que seria melhor investir todo o tempo em Recife e dispensar Olinda, já que em Olinda, fora ver a cidade pelo táxi, paramos somente em uma rua, onde há feira de artesanato, conhecemos uma igreja antiga, vimos uma paisagem panorâmica da praia, e só. Não aproveitamos muito e sentimos que perdemos outras coisas de Recife que seriam mais interessantes.

Praia do Cabo: outra praia que vale a pena pelo mar. Quando chegamos as ondas estavam quebrando somente no começo, mais ao fundo a água ficava bem calma porém bastante ondulante, boa pra ficar nadando ou só boiando.

*Tanto na pousada quanto nas praias e passeios, não tivemos nenhum momento desagradável por sermos um casal gay. Claro que optamos em ser muito discretos, mas mesmo assim qualquer um pode notar. Porém, a pousada nos recebeu muito bem e com muita discrição, especialmente por estarmos em lua de mel (casamos na volta). Isso foi informado pela CVC e assim ganhamos alguns ?agrados? especiais da pousada.

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