A história de Rio de Contas começa no final do século 17, quando a região servia de refúgio para os escravos e fazia parte da rota dos bandeirantes, que chegavam em busca do ouro abundante por ali - a cidade fica nos arredores da Chapada Diamantina, no lado oposto à conhecida Lençóis. O chamado Ciclo do Ouro durou até o início do século 19 e deixou belas heranças: um conjunto de construções coloniais preservadas, ruas com calçamento pé de moleque e até um trecho da Estrada Real, caminho de pedras por onde o metal era escoado.

Centro Histórico reúne 600 prédios coloniais, além da igreja de Nossa Senhora de Santana, toda em pedra

  
O rico Centro Histórico, que serviu de cenário para as filmagens de Abril Despedaçado, do diretor Walter Salles, está entre os exemplares arquitetônicos mais importantes da Bahia. 

O acervo reúne cerca de 600 prédios tombados - entre eles, o da prefeitura e o Teatro São Carlos, ambos no largo do Rosário; e a Casa de Câmara e Cadeia, atual Fórum; além da matriz Santíssimo Sacramento e a igreja de Nossa Senhora de Santana, toda de pedra. 

A viagem no tempo fica ainda mais completa com um passeio pela Estrada Real. São quatro quilômetros de caminhada por uma trilha de pedras construída no século 18, para o transporte de ouro. A aventura dura cerca de três horas e deve ser acompanhada por guia.

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Foto: Rita Barreto - Setur-BA
Situada a 1.200 metros de altitude, Rio das Contas encanta, ainda, por sua natureza exuberante. São centenas de espécies de flores e plantas, além de paisagens perfeitas. Um dos destaques é o Pico das Almas, com quase dois mil metros e que descortina belíssima vista da Chapada Diamantina, com seus grandes vales verdes recortados por rios, montanhas e pedras. 

Também chamam a atenção as muitas cachoeiras da região. A do Rio Brumadinho tem 70 metros de queda e pode ser observada da estrada. Já a do Fraga tem duas quedas e ótimas piscinas para banho - e o melhor: fica perto da cidade e tem fácil acesso de carro. Por falar nos rios, o que dá nome à cidadezinha é perfeito para a prática de rafting. Além das águas cristalinas e de temperatura agradável, descortina cenários fantásticos, contornados por cânions e paredões típicos da Chapada Diamantina. 

Antes de voltar para casa ou continuar a viagem pela Chapada Diamantina, vale conhecer o artesanato produzido em Rio de Contas. Os trabalhos mais interessantes são as mandalas, feitas em pedra e pintadas à mão. E tem ainda objetos de decoração feitos em madeira, metal e barro; bordados e muita cachaça!

Mais informações sobre Rio de Contas

DDD 77

Distâncias
Salvador: 736 km
Lençóis: 245 km