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tem 75 anos, mora em SALVADOR , já enviou 2 dicas

Minhas Dicas (2)

João Pessoa (1), Rio de Janeiro (1)
Um pôr-do-sol mágico
João Pessoa Esteve lá a dois em Maio/2005 e achou Excelente!

Viajar para mim é mais do que um simples prazer. É uma necessidade para que eu me sinta viva, renovada, livre para descobrir coisas novas e ser eu mesma integralmente. Assim, procuro fazer todas as comemorações da minha vida com uma viagem. É esta a forma que mais me complementa e me faz sentir feliz. Por isso, busco em  cada aniversário meu ou de meu marido uma oportunidade  para uma nova viagem.

Em maio de 2005, fomos passar nosso aniversário de casamento em João Pessoa. Era a primeira vez que íamos lá. Programamos  pagar um avião de Salvador até Recife e,  no aeroporto mesmo, alugar um carro para o restante do percurso. A distância é muito pequena,  mais ou menos uma hora e meia de estrada boa e com o coração cheio de entusiasmo pela aventura. Não tínhamos uma idéia muito clara do que iríamos encontrar e foi uma surpresa super agradável descobrir uma cidade bonita, ensolarada, bem cuidada, com um artesanato riquíssimo, lindas praias, bons restaurantes e um povo bastante cordial e acolhedor. 

Logo no nosso primeiro dia no hotel, alguém nos falou de uma atração musical que acontecia na Praia do Jacaré todas as tardes ao pôr do sol. Ficamos curiosos e ao final do dia  nos dirigimos para lá, uma praia do rio Jacaré,  bem pertinho da cidade.

Chegando, demos uma voltas pelos arredores, pudemos apreciar várias lojinhas do artesanato local e depois fomos para um bar restaurante onde se reunia um grande número de pessoas. Lá pelas cinco, seis da tarde, começamos a ouvir o som de um saxofone e nos voltamos para a direção de onde vinha e para onde todos os olhares convergiam. E lá no meio do rio, vislumbramos uma canoa com dois homens: um remando e o outro, de pé, todo vestido de branco tocava lindamente o 'Bolero' de Ravel, no seu sax.

Fomos tomados de surpresa pela beleza e o inédito da cena. Procuramos então nos aproximar do píer onde, tudo indicava que, a canoa iria aportar. Realmente isto aconteceu. O homem de branco saiu da canoa e atravessou o píer sempre com  a mesma música. Atrás dele, se formou uma fila de pessoas, como se estivessem acompanhando uma procissão. E nós também nos juntamos ao grupo, totalmente embevecidos por aquele momento mágico de profunda emoção e beleza ímpar. Comecei a chorar de tanto encantamento pela singularidade do que presenciávamos. Tenho certeza de que naquele momento se expressava muito fortemente algo de espiritual nas pessoas e no ambiente que nos cercava, como se acontecesse ali uma comunhão de todos com a paz e o amor universal.Exatamente às 18:00, o homem do sax começou a tocar  outra música, a  'Ave Maria'...

Mais emoção, mais enlevamento, mais alegria e beleza no ar. Assim, nos cinco dias que passamos em João Pessoa toda tarde o nosso destino era a Praia do Jacaré.Onde teríamos oportunidade de viver aquilo outra vez? Só nos restava aproveitar a bênção de estar ali e nos enriquecer com aqueles momentos únicos que só naqueles dias e naquele lugar poderiam acontecer. Não voltamos outra vez a João Pessoa, mas, quando formos novamente vamos repetir a dose, pois é simplesmente fantástico.
INÊS VITÓRIA. Muito grata.

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Santa Teresa - Um mergulho no tempo
Rio de Janeiro Esteve lá a dois em Dezembro/2008 e achou Excelente!

Percebo que muita gente que já foi muitas vezes ao Rio, não conhece o Bairro de Santa Teresa. Isso é uma perda muito grande, pois ali se encontra um pedaço do Rio de Janeiro lindo, preservado, com vistas encantadoras da cidade lá embaixo e com uma certa magia, como se ali estivéssemos dando um mergulho num tempo, que é passado e presente a um só tempo.

As atrações são muitas, começa pela subida no bondinho. Chegando lá em cima, há um ambiente meio boêmio, artístico, com muitos ateliês de artesanato, estilistas de vanguarda, artistas plásticos, preciosidades, difíceis de serem encontradas, todas reunidas num mesmo lugar. Lá se encontra a Chácara do Céu, um museu delicioso, onde se tem uma visão do que foi a vida do Rio antigo, numa mansão de milionários com móveis e outras obras de arte realmente imperdíveis dentro de um terreno grande com lindos jardins, um clima de quase sonho pela beleza e pelo inesperado do que se encontra.

Vizinho à Chácara do Céu fica o Parque das Ruinas, outro casarão que guarda lembranças de uma outra época e oferece, quase sempre, amostras e exposições de artes de artistas contemporâneos. Para fechar o passeio com chave de ouro, vale almoçar no restaurante Aprazível, um lugar indescritível, rústico e elegante, com uma comida maravilhosa e uma localização que nos leva a pensar que estamos no campo, ao mesmo tempo que se avista o Rio com todas as suas atrações lá embaixo. Um dia muito diferente, relaxante, tipo da coisa que faz bem ao corpo, à alma e ao coração.

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