Nascida durante o Ciclo do Ouro, Vila Boa de Goiás foi capital do estado até 1937. O título foi embora, mas a pequena cidade - hoje Goiás - preserva a arquitetura colonial que se espalha por ruelas sinuosas calçadas em pedra e seus costumes. Entre eles estão a religiosidade, os doces caseiros e o dom de fazer o tempo passar lentamente. Não por acaso, foi tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade em 2001.

Acompanhar a Procissão do Fogaréu: Evento é um dos mais concorridos da cidadezinha -
Acompanhar a Procissão do Fogaréu: Evento é um dos mais concorridos da cidadezinha - Foto: Silvio Quirino - Goiás Turismo

A Casa de Cora Coralina está como a poetisa deixou, com seus livros, cartas, vestidos e tachos de cobre

Cortada pelo rio Vermelho e cercada de colinas, a cidade é repleta de detalhes, tão bem retratados pela filha mais ilustre, a poetisa Cora Coralina. A casa de Cora, aliás, é um dos cenários mais visitados. Lá estão seus vestidos, seus chinelos e seus tachos, do mesmo modo que ela deixou, ao morrer em 1985. Sua essência também está ali, através de seus livros, cartas, fotos e máquina de escrever.

A poetisa deixou ainda outro legado. Doceira de mão cheia, passou suas receitas adiante para as quituteiras locais, para a alegria dos turistas! Nas casas de dona Zilda, Doris, Divina... tem limõezinhos-galegos recheados com doce de leite, rosas de coco, casquinha de laranja cristalizada e pastelinho, uma massa assada com recheio de doce de leite.

Para queimar as calorias, a dica é circular pelo Centro Histórico, onde estão pérolas como a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, hoje Museu de Arte Sacra, o Museu das Bandeiras e o chafariz de Cauda, construído em 1778. 

Também o Espaço Cultural Goiandira Aires do Couto fica na área. O ambiente abriga as obras da artista, prima de Cora. São dezenas de quadros feitos com areia colorida retirada da Serra Dourada e pintados com a ponta dos dedos, sempre retratando a cidade.

O maior evento de Goiás é a Procissão do Fogaréu, que acontece na Semana Santa. As luzes das ruas são apagadas e, munidos de tochas, os farricocos - encapuzados que representam os soldados romanos - seguem da Igreja da Boa Morte até as escadarias da Igreja de São Francisco. A cerimônia, que simboliza a prisão de Cristo, é acompanhada pelo som de tambores e de um coral em latim.

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